O BRASIL COMEMORA HOJE DIA 18 DE NOVEMBRO OS 200 ANOS DO GRANDE MESTRE DO BARROCO MINEIRO: ALEIJADIN
- Camila Ferreira Nunes da Silva
- 18 de nov. de 2014
- 2 min de leitura
Por volta de 1600, quando os portugueses se estabeleceram definitivamente no Brasil, estava entrando em vigor na Europa um novo estilo estético, que se colocava em oposição à arte renascentista, a qual vinha se baseando na razão e nos modelos Greco-romanos de equilíbrio e simplicidade, era a arte Barroca que aqui se desenvolveu por mais de um século.
Para nomear o estilo se usou a palavra “barroco” porque significa “uma pérola de formato irregular e aspecto estranho”.
Assim, as características dessa arte eram: a revelação de profunda emoção; a ilusão de movimento; o foco no tema religioso; excesso de ornamentos; contrastes fortes de luz e sombra; presença de muitas curvas e dobras.
As estátuas religiosas eram feitas em madeira, pedra-sabão e argila, e muitas eram ornamentadas com finíssimos detalhes em folha de ouro, tinham olhos de vidro e traziam coroas de prata ou ouro.
Havia estátuas que tinha um pequeno cofre no corpo que servia para o contrabando de ouro – eram chamadas “santos do pau oco”.
Os artistas tinham muitas habilidades eram ao mesmo tempo arquitetos, escultores, entalhadores, pintores além de atuarem em várias partes de uma construção.
E Aleijadinho, Antônio Francisco Lisboa, despontou no Brasil como um dos maiores artistas dessa época. Filho de um arquiteto português e de uma escreva negra, nasceu em Vila Rica, que hoje é Ouro Preto. Era perseverante e, mesmo com dificuldades, aprendeu a ler, teve noções de música e latim, estudou arquitetura e desenho com os mestres da época. Sofreu durante anos de uma misteriosa doença que atrofiou seus membros, deformou suas feições, obrigou-o a andar de joelhos e, quando perdeu os dedos das mãos, a amarrar os instrumentos nos braços para esculpir a pedra-sabão e a madeira. Mas tudo isso não o impediu de produzir, com ajuda, a obra magnífica que construiu.
Foi o maior artista do Barroco, criando projetos inteiros de igrejas a esculturas e entalhes delicados. Criou as estátuas dos Profetas do adro do Santuário do Bom Jesus de Motosinhos, em Congonhas do Campo (MG).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- GARCEZ, Lucília, OLIVEIRA, Jô. Explicando a Arte Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999.
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